A retirada das bombonas de agrotóxicos que caíram no Rio Tocantins após o colapso da ponte Juscelino Kubitschek, na BR-226, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), está prevista para o fim de abril, segundo o Ibama. O acidente, ocorrido em dezembro de 2024, envolveu duas carretas com ácido sulfúrico e uma com agrotóxicos, que ficaram submersas a mais de 40 metros de profundidade.
O aumento do volume do rio, causado pela abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE), impede a realização segura de mergulhos no local. De acordo com o Ibama, a profundidade, a vazão e a visibilidade exigem condições específicas para os resgates, que demandarão cerca de 145 dias de trabalho.
Produtos envolvidos e ações de resgate
No acidente, dois caminhões transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico, e outro, 22 mil litros de agrotóxicos (Carnadine, Pique 240SL e Tractor). Empresas especializadas foram contratadas para responder à emergência química.
Até 9 de janeiro, foram recuperadas 29 bombonas de 20 litros de agrotóxicos. Os mergulhos foram suspensos no dia seguinte devido ao aumento da vazão do rio, que precisa estar em aproximadamente 1.000 m³/s para permitir operações seguras.
O Ibama alerta que, com o aumento da vazão, as bombonas podem ser levadas a locais distantes. O órgão solicitou ao Consórcio Estreito Energia (Ceste) que apresente previsões de vazão e possíveis janelas de controle para retomada dos mergulhos.
Impacto humano e buscas
A ponte Juscelino Kubitschek desabou em 22 de dezembro de 2024, levando ao rio 18 pessoas, três veículos de passeio, três motocicletas e quatro caminhões. Até o momento, 14 vítimas foram localizadas, enquanto três seguem desaparecidas: Salmon Alves Santos, de 65 anos; Felipe Giuvannuci Ribeiro, de 10 anos; e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.
As buscas continuam com embarcações e drones, mas os mergulhos permanecem suspensos devido às condições do rio.
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