O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (16) os dados da Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil de 2023. O levantamento reúne informações sobre nascimentos, casamentos, divórcios e óbitos, com base em registros de cartórios, tabelionatos e varas judiciais. No Tocantins, os dados revelam importantes mudanças demográficas e sociais.
Nascimentos cresceram 3,4% no estado
Em 2023, o Tocantins registrou 22.959 nascimentos, número que, embora represente a quarta menor taxa entre os estados, teve a maior variação positiva do país: aumento de 3,4% em relação ao ano anterior. Quase 27% dos nascimentos ocorreram entre março e maio, com maio sendo o mês de maior incidência (2.089 nascidos).
O total foi composto por 11.867 meninos e 11.081 meninas, além de 11 registros com sexo não informado. Partos únicos representaram 97,6% dos casos, enquanto partos gemelares foram 1,94% e apenas três partos tiveram três ou mais crianças.
Mães jovens e partos hospitalares predominam
Mais da metade das mães tocantinenses (51%) tinham entre 20 e 29 anos. Jovens com até 19 anos somaram 3.460 partos, sendo 174 delas com até 15 anos. A maioria dos nascimentos (98,9%) ocorreu em hospitais.
Casamentos crescem, com destaque para uniões homoafetivas
O Tocantins registrou 7.306 casamentos em 2023, alta de 2,15% em relação a 2022. Entre os destaques estão os casamentos entre pessoas do mesmo sexo: uniões entre dois homens cresceram de 2 para 16, e entre duas mulheres, de 8 para 14.
A idade média dos noivos foi de 32,5 anos para homens e 29,8 para mulheres. A maior parte das mulheres se casou entre 25 e 29 anos, enquanto os homens predominaram nas faixas de 25 a 34 anos.
Mais divórcios e aumento na guarda compartilhada
O estado também registrou 3.411 divórcios em 2023, superando os 3.319 de 2022. A idade média no momento da separação foi de 44 anos para homens e 40,3 para mulheres. O tempo médio de duração das uniões foi de 12,6 anos.
A maior parte (92,7%) dos divórcios ocorreu sob regime de comunhão parcial de bens. Em relação à guarda dos filhos menores, pela primeira vez, a guarda compartilhada foi a mais comum (51,9%), superando a guarda exclusiva das mães (39,7%).
Queda nos óbitos e alta em mortes não naturais
O número de óbitos no Tocantins em 2023 foi de 8.545, uma queda de 5,4% em comparação ao ano anterior. A maioria dos falecimentos foi de homens (5.221) e de pessoas com 60 anos ou mais (62,4%).
Apesar da queda, o estado teve a segunda maior proporção de mortes por causas externas no país (12,6%), atrás apenas do Amapá. Destas, 915 foram de homens.
Sub-registro ainda é desafio no Tocantins
O levantamento também destaca a persistência do sub-registro e da subnotificação no país. No Tocantins, o sub-registro de nascimentos foi de 1,66%, e o de óbitos, de 5,76%. Crianças entre 1 e 4 anos foram as mais afetadas, com sub-registro de até 15% em alguns grupos.
Estudos sobre a cobertura do registro civil são essenciais para a formulação de políticas públicas mais eficazes, especialmente nas áreas de saúde e cidadania.
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