Atualizar os conhecimentos sobre as atribuições e as atividades dos profissionais de Farmácia. Com este objetivo foi ofertado o curso ‘Prescrever em Problemas de Saúde Autolimitados’ pelo Conselho Federal de Farmácia em todo o estado por meio da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), via Escola de Saúde Pública de Saúde, encerrado no sábado, 09, com o Módulo VI: Cessação tabágica, em parceria com a Vigilância Sanitária Municipal (Visa), que tratou sobre os perigos dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) e como parar de fumar.
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa Nº 46, de 28 de agosto de 2009, proíbe qualquer dispositivo eletrônico para fumar, haja vista, a inexistência de dados científicos que comprovem a eficiência, a eficácia e a segurança no uso e manuseio. Segundo a inspetora sanitária da Visa, Gizella Diniz, o foco da indústria são os jovens com imagens e sabores que induzem este público. “Aqui em Palmas recebemos o relato de um pneumologista que está recebendo muitos jovens em seu consultório com complicação pulmonar e ele observou que todos têm em comum o uso de DEFs. E o nosso objetivo enquanto Visa é prevenir, diminuir e eliminar riscos à saúde, por isso contamos com o apoio da população”, observou a inspetora Gizella, alertando para a denúncia por meio da Ouvidoria pelo 0800 030 1515.
“Tratar o tabagismo não é fácil. É uma doença decorrente de dependência da nicotina que é a substância que mais causa dependência, apenas sete segundos para atingir o sistema nervoso central, além deste fator, seu uso é liberado e seu consumo é socialmente aceitável. A gente tá lidando com um produto que, apesar dos malefícios trazidos pelas mais de cinco mil substâncias do cigarro, ele traz também uma sensação de redução de ansiedade”, disse a palestrante farmacêutica Bianca de Oliveira, destacando que em média são cinco tentativas até a pessoa conseguir parar de fumar e a bupropiona é um dos medicamentos que podem ser prescritos.
Prescrever
Com mais de 100 farmacêuticos participantes, o curso com carga horária de 96 horas, contou com seis módulos. Iniciado em outubro de 2021 com introdução à prescrição de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) passou por diversos temas, desde condições respiratórias; gastrointestinais; dermatológicas; genito-urinárias/ condições dolorosas e inflamatórias; até ser finalizado com a cessação tabágica com o alerta da Visa sobre os perigos dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), também conhecidos como cigarros eletrônicos, vaper, pod, ‘pen drive’, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido), entre outros.
“Foi essencial para o exercício da minha profissão ter participado do curso Prescrever, dado que mesmo atuando na Saúde Mental é necessário ofertar um cuidado singular e integral à saúde do paciente, e esses conhecimentos adquiridos possibilitam a ampliação do olhar em relação aos atendimentos a serem realizados. E com toda certeza, os maiores beneficiados serão os pacientes, pois serão atendidos por farmacêuticos totalmente capacitados, tanto nos atendimentos em estabelecimentos particulares como no Sistema Único de Saúde, pois contamos com professores totalmente qualificados e capacitados do Brasil inteiro, em todos os módulos, e um material de apoio de qualidade ímpar que, com toda certeza, servirá como norte para consultas posteriores”, enfatizou a farmacêutica residente em Saúde Mental, Gabrielle Castro.
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