A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 86ª Delegacia de Polícia de Gurupi, concluiu nesta quarta-feira (11) um inquérito que resultou no indiciamento de uma advogada de 45 anos, identificada pelas iniciais H.C.P.S. Ela é suspeita de cometer o crime de apropriação indébita qualificada, aproveitando-se da função exercida na advocacia.
De acordo com as investigações, a profissional foi contratada por diversos clientes para atuar em processos de natureza previdenciária. No entanto, ao terem os benefícios concedidos pela Justiça, os valores eram sacados por ela sem o conhecimento ou autorização dos beneficiários. A prática teria sido facilitada por procurações previamente assinadas pelos próprios clientes.
O delegado responsável pelo caso, Alicindo Augusto de Souza, afirmou que o esquema vinha sendo executado desde 2022. “Até o momento, identificamos pelo menos seis vítimas. A advogada, ao ser questionada pelos clientes sobre o andamento dos processos, evitava o contato ou oferecia informações vagas, o que dificultava a descoberta dos saques indevidos”, relatou o delegado.
Segundo a autoridade policial, a conduta investigada foi agravada pelo vínculo de confiança que costuma existir entre cliente e advogado. “Esse tipo de violação representa não apenas um prejuízo financeiro para os envolvidos, mas também um abalo na credibilidade institucional da advocacia. Nosso objetivo é apurar os fatos com responsabilidade e garantir justiça às vítimas”, acrescentou.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins (OAB/TO) foi formalmente comunicada sobre o caso para eventual adoção de medidas disciplinares. Com base nas provas reunidas, o inquérito foi finalizado e remetido ao Poder Judiciário, que deve encaminhar o caso ao Ministério Público para as providências legais cabíveis.
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