O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) realizou, na última terça-feira (20), em Brasília, a entrega do Prêmio Guardiãs da Sociobiodiversidade. Entre as vencedoras está a Associação de Mulheres Agroextrativistas da APA Cantão (AMA Cantão), do Tocantins, que obteve a maior pontuação nacional na categoria Agricultores Tradicionais.
Composta por mulheres de diferentes comunidades da Área de Proteção Ambiental Ilha do Bananal/Cantão, a AMA Cantão atua na produção de doces, licores, biscoitos, farinhas e outros itens derivados de frutos nativos como buriti, mangaba, murici e jatobá. Fundada em 2014, a associação é formada majoritariamente por moradoras de assentamentos da Reforma Agrária que preservam e promovem o modo de vida extrativista do Cerrado.
Para a presidente da AMA Cantão, Lidejane Lopes, o reconhecimento do MMA representa um marco importante. “Foi um momento mágico, de valorização do nosso trabalho. Gratidão a cada extrativista que cuida de cada árvore, fruto e do nosso Cerrado. A premiação foi um despertar para a nossa causa”, afirmou emocionada.
A associação também integra a Coalizão Vozes do Tocantins, que reúne coletivos e movimentos sociais voltados à defesa ambiental e dos direitos de povos tradicionais no estado.
Reconhecimento nacional
O Prêmio Guardiãs da Sociobiodiversidade reconheceu 20 experiências de destaque na proteção de saberes tradicionais associados à biodiversidade. Foram avaliadas a trajetória das organizações, a duração das atividades e o impacto de suas ações. As premiações foram divididas em quatro categorias: Povos Indígenas, Comunidades Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais e Agricultores Tradicionais.
Além da entrega dos prêmios, o evento celebrou os 10 anos da Lei nº 13.123/2015, que trata do patrimônio genético e do conhecimento tradicional associado, reforçando a importância da proteção e valorização cultural desses grupos.
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