O Brasil entrou para a história do cinema ao conquistar, pela primeira vez, o Oscar de Melhor Filme Internacional com Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles. A premiação aconteceu na noite deste domingo (02), em Los Angeles, e marcou um feito inédito para o país.
Ao subir ao palco para receber a estatueta, Salles fez um discurso emocionante e dedicou o prêmio a Eunice Paiva, personagem central do filme.
“Uma honra tão grande. Isso vai para uma mulher que teve uma perda imensurável. Esse prêmio é para ela, Eunice Paiva, e para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, declarou o diretor.
A história por trás do filme
Ainda Estou Aqui retrata a trajetória de Eunice Paiva, mãe de cinco filhos, que enfrentou a dor do desaparecimento forçado e assassinato de seu marido, o engenheiro Rubens Paiva, durante a ditadura militar no Brasil. O filme é baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho caçula do casal, que transformou a história de sua família em um poderoso relato sobre os horrores do regime militar.
Brasil no Oscar: um feito inédito
A vitória de Ainda Estou Aqui marca a primeira vez que um longa-metragem 100% brasileiro leva a estatueta na categoria. Antes disso, o país já havia sido indicado outras quatro vezes, mas nunca havia vencido:
- O Pagador de Promessas (1963)
- O Quatrilho (1996)
- O Que É Isso, Companheiro? (1998)
- Central do Brasil (1999)
Embora seja um marco para o cinema nacional, não foi a primeira vez que um filme em português venceu a categoria. Em 1960, Orfeu Negro, uma coprodução entre Brasil, França e Itália, levou o prêmio, mas representando oficialmente a França.
A vitória de Ainda Estou Aqui reforça o potencial do cinema brasileiro no cenário internacional e pode abrir portas para novas produções do país nas próximas edições do Oscar.
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