Após oscilações ao longo do dia, o dólar encerrou a terça-feira (18) em queda, cotado a R$ 5,689, registrando uma desvalorização de 0,41% (-R$ 0,016). Esse é o menor patamar da moeda norte-americana em mais de três meses, desde 7 de novembro de 2024, quando a cotação atingiu R$ 5,67.
O dia começou com alta na cotação, chegando a R$ 5,72 por volta das 11h, mas a tendência se inverteu após o Banco Central (BC) realizar um leilão de US$ 3 bilhões das reservas internacionais. Além disso, o Tesouro Nacional anunciou a emissão de títulos de dívida no mercado externo, fator que ajudou a impulsionar a confiança dos investidores no Brasil.
No acumulado de 2025, o dólar já registra uma queda de 7,93%.
Mercado de ações e cenário externo
O índice Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, teve um dia volátil e fechou praticamente estável, com leve recuo de 0,02%, aos 128.532 pontos. Durante o dia, o índice chegou a subir 0,58% por volta das 12h46, mas devolveu os ganhos em um movimento de realização de lucros, quando investidores vendem ações para garantir ganhos recentes.
No cenário internacional, o dólar se fortaleceu frente à maioria das moedas, mas perdeu valor em relação ao real, ao peso colombiano e ao peso mexicano. A valorização das commodities contribuiu para a entrada de capital estrangeiro no Brasil, impulsionando a moeda brasileira.
Intervenção do Banco Central e emissão de títulos
O Banco Central realizou um leilão de linha de US$ 3 bilhões, em que o montante sai das reservas internacionais com o compromisso de recompra futura. Essa foi a quarta intervenção cambial do BC em 2025, sob a gestão de Gabriel Galípolo.
Além disso, o Tesouro Nacional emitiu US$ 2,5 bilhões em títulos no mercado externo, conseguindo um spread de 2,2 pontos percentuais sobre os juros dos EUA, o menor desde 2019. A taxa de juros obtida foi de 6,75% ao ano, a mais alta em 20 anos, mas ainda assim um resultado considerado positivo para atrair investidores.
A expectativa do mercado agora se volta para os próximos passos do Banco Central e a influência da política monetária dos Estados Unidos sobre o câmbio no Brasil.
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