O jornalista e ex-prefeito de Almas, Goianyr Barbosa de Carvalho, foi preso nesta terça-feira (18) durante uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga o vazamento de decisões judiciais do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante o cumprimento de mandados de busca, os agentes encontraram uma mochila com R$ 22,5 mil na residência do ex-prefeito.
Segundo a defesa de Goianyr, ele teria jogado o dinheiro pela varanda ao notar a movimentação policial, acreditando se tratar de um assalto.
Operação investiga vazamento de informações sigilosas
Além de Goianyr, seu filho, o advogado Thiago Marcos Barbosa, foi preso preventivamente. Thiago trabalhava como assessor jurídico no gabinete do procurador Ricardo Vicente da Silva, do Ministério Público do Tocantins (MPTO), que também foi alvo de mandados de busca.
A operação investiga um esquema de comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações, que teriam comprometido operações policiais. Quatro mandados de busca e uma ordem de prisão preventiva foram cumpridos pela PF nesta terça-feira.
Conexões com o governo do Tocantins
Goianyr e Thiago são, respectivamente, cunhado e sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). No entanto, o chefe do executivo estadual não é alvo da investigação.
Decisão foi assinada por ministro do STF
A operação faz parte de uma nova fase da Operação Sisamnes, que apura obstrução de justiça, violação de sigilo funcional, corrupção ativa e passiva. O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou a decisão que determinou a prisão e outras medidas, como afastamento de funções públicas, proibição de contato entre investigados, bloqueio de passaportes e restrição de saída do país.
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) afirmou que adotou todas as medidas necessárias para cumprir a decisão do STF e reafirmou seu compromisso com a transparência e a legalidade. O órgão também informou que o servidor envolvido foi exonerado do cargo nesta terça-feira.
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