“A sensação que tenho é que fui abraçado e de ter uma família que não é de sangue”, conta o custodiado G. V. X., de 37 anos, uma das quatro pessoas que cumpre pena no regime semiaberto contratada para trabalhar em uma empresa de iniciativa privada de limpeza urbana recebendo salário mínimo e benefícios.
A oportunidade está sendo viabilizada pelo Escritório Social, equipamento social administrado pela Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto Travessia objetivando o treinamento, a capacitação e a geração de emprego e renda para pessoas em regime semiaberto e egressas com o projeto Reconstruindo o Futuro.
O Termo terá vigência de doze meses, podendo ser prorrogado automaticamente até o limite de 60 meses, cabendo ao Escritório Social realizar a gestão do banco de currículos, orientação dos candidatos, além do acompanhamento da execução das atividades de trabalho pelos egressos.
Geração de renda para os custodiados
De acordo com a coordenadora substituta do Escritório Social, Valéria Sousa, as contratações ocorrerão de acordo com a necessidade da empresa, e que os restantes devem ser convidados em breve.
“A empresa nos procurou e ofereceu essa parceria, já que eles trabalham com esse público. Para nós é empolgante porque muitas vezes eles são excluídos do mercado de trabalho, então, é preciso alguém que fale por eles”, destacou.
O custodiado do regime semiaberto contratado, G. V. X relata ainda sua trajetória em busca pela reinserção social. “Eu vim de Goiânia mas sou custodiado de Gurupi e dentro da penal eu soube do Escritório Social e do apoio que eles dão aos egressos, então no primeiro dia que cheguei a Palmas fui atrás deles, e me deram todo o apoio necessário e me ajudaram até a tirar os documentos que eu não tinha”, falou.
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