Na manhã desta segunda-feira (9), a Polícia Civil do Tocantins concluiu o inquérito que apurava uma denúncia caluniosa registrada em Ponte Alta do Tocantins. Duas mulheres foram formalmente indiciadas pelo crime, após as investigações apontarem que ambas participaram da construção de uma falsa acusação de estupro de vulnerável, que levou à prisão e condenação injusta de um homem de 49 anos.
De acordo com a apuração realizada pela 81ª Delegacia de Polícia, o caso teve início em 2012, quando uma adolescente de 13 anos afirmou ter sido vítima de estupro. No entanto, em novo depoimento prestado em 2023, a jovem confessou ter sido induzida a mentir pela irmã mais velha e por uma servidora pública municipal — ambas maiores de idade na época.
As investigações revelaram ainda que o homem acusado concorria ao cargo de vereador no ano da denúncia. A servidora, apontada como coautora da farsa, também era candidata ao mesmo cargo, sendo adversária política do acusado.
Mesmo mais de uma década após os fatos, o homem chegou a ser preso em abril deste ano, com base na denúncia inicial. Porém, após o novo depoimento da vítima e o aprofundamento das investigações, a equipe da 81ª DP constatou que o crime nunca existiu e que a acusação teve motivação política.
O delegado Roberto Assis, responsável pelo caso, alertou para a gravidade do ocorrido. “Temos observado um grande aumento no número de falsas denúncias. Isso tem levado à prática de graves injustiças, como neste caso, em que um homem foi preso e condenado injustamente por um crime tão sensível”, destacou.
O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público, que agora analisará os elementos reunidos para decidir sobre o oferecimento de denúncia criminal contra as envolvidas.
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