O “Grito do Agro”, promovido pela Frente das Entidades do Agronegócio Tocantinense (FEATO), reuniu produtores rurais, especialistas e líderes do setor no Espaço Cultural de Palmas. O evento se consolidou como um marco para o agronegócio tocantinense, promovendo debates essenciais sobre segurança jurídica, sustentabilidade e o fortalecimento do diálogo entre o setor produtivo e o poder público.
Diálogo e Segurança Jurídica
Wagno Milhomem, presidente da Aproest e organizador do evento, enfatizou a importância da colaboração entre governo e produtores para impulsionar o setor. “O objetivo é trabalhar juntos para construir um ambiente mais justo e eficiente, criando soluções reais para o agronegócio tocantinense”, destacou.
As discussões abordaram temas urgentes, como a necessidade de acelerar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a compensação de áreas consolidadas. O especialista em Licenciamento Ambiental, Adrian da Silva, ressaltou a importância da desburocratização desses processos para garantir mais segurança e eficiência aos produtores.
Sustentabilidade e Benefícios Econômicos
A sustentabilidade também esteve no centro dos debates. Isac Braz Cunha, presidente da Fundação de Meio Ambiente de Palmas e ex-presidente do NATURATINS, defendeu que é possível equilibrar a conservação ambiental com a produção agropecuária. O engenheiro agrônomo e produtor rural Almir Rebelo de Oliveira destacou o mercado de carbono como uma oportunidade para agregar valor à produção e gerar benefícios econômicos para o setor.
Revisão da Legislação Ambiental
A necessidade de revisão do Código Florestal Estadual e do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) foi um dos pontos mais debatidos. Para a especialista em Gestão Ambiental, Caroline Bueto, é fundamental adequar a legislação à realidade do produtor tocantinense, garantindo um equilíbrio entre conservação e desenvolvimento sustentável.
Painel Técnico e Encaminhamentos
O evento contou ainda com um Painel Técnico que reuniu importantes nomes do setor, como Luís Eduardo Bovolato, reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), André Cavalcante, presidente da Associação dos Consultores Ambientais do Tocantins (Ascam), e Andréa Schmidt, presidente do Instituto Harpia. Além deles, Murilo Sudré, advogado da Aproest, e Wagno Milhomem reforçaram a necessidade de um diálogo contínuo para superar desafios jurídicos e regulatórios.
O evento foi encerrado com a leitura da Carta Aberta aos Poderes Constituídos, documento estratégico que elenca as prioridades do agronegócio tocantinense. Segundo Milhomem, “a carta representa um apelo por segurança jurídica e políticas ambientais equilibradas, garantindo previsibilidade e crescimento para o setor”.
Fortalecimento do Setor
Durante o “Grito do Agro”, também foi lançado o Fórum de Entidades da Agropecuária Tocantinense, iniciativa voltada para fortalecer o setor e construir soluções conjuntas.
Com essa iniciativa, o evento se consolidou como um divisor de águas para o agronegócio no Tocantins, reforçando a importância da unidade entre produtores, entidades e governo.
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