A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 88ª Delegacia de Gurupi, concluiu nesta quarta-feira, 23, o inquérito que apurava um caso de falsa gravidez envolvendo uma jovem de 21 anos. A investigada teria simulado estar gestante por nove meses com o objetivo de obter vantagens financeiras de um homem com quem manteve um relacionamento casual. Ela foi indiciada por estelionato, crime previsto no artigo 171 do Código Penal.
De acordo com o delegado Jacson Ribas, responsável pelo caso, as investigações começaram após o suposto pai procurar a delegacia relatando ter sido enganado. Durante os meses de falsa gestação, ele realizou diversas transferências bancárias para a mulher, identificada apenas pelas iniciais T.S.M., acreditando que os valores seriam usados para custear despesas de uma gravidez de alto risco.
A situação se agravou quando, após o suposto nascimento, a investigada começou a divulgar fotos de uma criança nas redes sociais, marcando a vítima como pai e reclamando da ausência dele. Tentando conhecer o filho, o homem procurou a jovem, mas ela sempre evitava o encontro com desculpas diversas.
Segundo o delegado, um exame de DNA chegou a ser agendado, mas a mulher não compareceu. O caso teve uma reviravolta em 15 de fevereiro deste ano, quando a jovem publicou uma nota de pesar com a imagem de uma criança e a informação de seu falecimento. Ao buscar esclarecimentos, a vítima foi informada de que uma funerária teria recolhido o corpo, o que posteriormente se revelou falso.
“Foi nesse momento que ele compreendeu estar diante de um golpe bem articulado”, afirmou o delegado.
O inquérito concluiu que a mulher agiu de forma premeditada para manter um vínculo forçado com a vítima e obter vantagens econômicas. O caso foi encaminhado ao Poder Judiciário para as medidas legais cabíveis.
“A conduta criminosa gerou forte abalo emocional e prejuízo financeiro à vítima, que acreditava estar prestes a se tornar pai”, completou o delegado Jacson Ribas.
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