Delvânia Campelo da Silva, de 50 anos, faleceu na tarde desta sexta-feira (11) no Hospital Geral de Palmas (HGP), após permanecer internada por mais de 20 dias em decorrência de agressões violentas sofridas no município de Caseara, região oeste do Tocantins.
De acordo com a Polícia Civil, Delvânia foi atacada com diversos golpes de arma branca, especialmente na cabeça e na nuca, no dia 22 de março, em uma chácara na zona rural de Caseara. Momentos antes de ser encontrada, a vítima ainda conseguiu pedir socorro por meio de um grupo de mensagens instantâneas, o que mobilizou moradores e a Polícia Militar. Ela foi resgatada por um caseiro e encaminhada ao hospital local, sendo posteriormente transferida para a capital em estado grave.
O principal suspeito do crime é o namorado da vítima, Gilman Rodrigues da Silva, de 47 anos. Ele foi preso no dia 3 de abril, em Paraíso do Tocantins, após ser intimado a prestar depoimento. Na ocasião, a Polícia Civil já havia obtido a decretação da prisão preventiva.
Segundo relatos de pessoas próximas ao casal, o relacionamento, iniciado no segundo semestre de 2024, era marcado por episódios de violência doméstica. No curso das investigações, a polícia descobriu que, mesmo após o pedido de socorro da vítima, o suspeito enviou mensagens no mesmo grupo dizendo que “não estava acontecendo nada”.
O delegado responsável pelo caso, José Lucas, informou que Gilman fugiu da propriedade logo após o crime e se escondeu em Palmas, acolhido por parentes. No primeiro depoimento, ele alegou ter agido em legítima defesa, mas a versão foi considerada inconsistente diante da gravidade das lesões provocadas na vítima.
Com a morte de Delvânia, o inquérito foi concluído nesta sexta-feira com o indiciamento do suspeito por feminicídio. Gilman permanece custodiado na Unidade Penal de Paraíso do Tocantins, à disposição da Justiça.
🗣️ Nota da Defesa
A família e a defesa técnica de Gilman Rodrigues manifestaram pesar pelo falecimento de Delvânia Campelo. A nota afirma que aguardam a conclusão das investigações para que “todos os fatos sejam devidamente aclarados”, destacando ainda o direito à ampla defesa.
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