Capacitar policiais civis, militares e penais para executarem manobras e procedimentos emergenciais necessários à minimização do trauma e seus efeitos fisiopatológicos, visando ao socorro próprio ou de outro operador de segurança pública ferido durante operações. Esse é o objetivo do curso de Atendimento Pré-hospitalar Tático para Profissionais de Segurança Pública, ministrado pelo Ministério da Justiça em parceria com a Escola Superior de Polícia (Espol), que formou 40 policiais tocantinenses, sendo 19 militares, cinco penais e 16 civis.
“Quero agradecer essa parceria com o Ministério da Justiça em disponibilizar essa capacitação ao Tocantins que tem policiais novos com garra e vontade de fazer segurança pública”, destacou o secretário executivo da Segurança Pública, Reginaldo de Menezes Brito.
O delegado-geral Claudemir Luiz Ferreira destacou que o conhecimento adquirido ao longo do curso irá refletir no dia a dia. “Sabemos que quando estamos em operações policiais e, principalmente, quando um colega é ferido, não existe polícia civil, militar, penal ou bombeiros. Somos todos operadores de segurança e temos que dar as mãos no sentido de atender ao colega. Porque muitas vezes esse atendimento primeiro é o diferencial entre a vida e a morte. É importante estarmos preparados para isso”, ressaltou.
“Quem busca capacitação já é por natureza um profissional diferenciado e esse curso é dedicado a dar o conhecimento necessário para salvar a vida de colegas. Quando um policial se fere em uma operação, ela deixa de ser uma operação de combate e passa a ser uma operação de salvamento. Isso denota a importância desse curso”, complementou o delegado Ricardo Real, representando a Superintendência de Segurança Integrada.
O chefe do Estado-Maior da Polícia Militar do Tocantins, Coronel Wesley Borges, destacou a importância do curso para os profissionais que atuam na linha de frente. “Temos algumas ocorrências que vêm se tornando cada dia mais complexas, a exemplo do novo cangaço. Pela dificuldade de enfrentamento dessas ações criminosas tem se tornado mais possível que policiais sejam alvejados. Nessas situações precisamos que os demais companheiros tenham condições de fazer os primeiros socorros o mais imediato possível, para posterior condução ao atendimento médico hospitalar”, ressaltou.
O curso
O coordenador e instrutor do curso Sargento Márcio Maia destacou que este integra a grade de qualificações oferecidas pela Secretaria de Gestão e Ensino (SEGEN), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como meta a redução em 30% dos casos de mortalidade de policiais em serviço. Meta estabelecida no Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social para os próximos 10 anos.
O curso teve duração de 30 horas com aulas teóricas, técnicas de salvamento em situações de exposição ao fogo ou em área de troca de tiro, atendimento em campo tático e evacuação para o hospital.
A iniciativa tem a participação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e da Secretaria de Operações (SEOPI) e conta com o envolvimento das demais secretarias da segurança pública.
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