A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 8ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Gurupi), deflagrou na manhã desta terça-feira, 21, a segunda fase da Operação “1º Coríntios 15:33”. A ação resultou no cumprimento de oito mandados de busca, apreensão e prisão contra suspeitos de tráfico de drogas e envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo familiares de criminosos já presos.
O delegado regional de Gurupi, Joadelson Rodrigues Albuquerque, destacou que a investigação começou há dois anos. “Nosso foco é combater uma organização criminosa que atua em Gurupi e região, a qual já movimentou R$ 4,5 milhões através do tráfico de drogas e outras práticas criminosas”, afirmou.
Segundo o delegado Rafael Fortes Falcão, titular da DEIC – Gurupi, após a primeira fase da operação, alguns suspeitos, em especial mulheres, continuaram realizando movimentações financeiras para dificultar o rastreamento do dinheiro. “Uma das investigadas, mesmo desempregada e com o marido preso, seguia movimentando valores significativos por meio de depósitos, saques e transferências fracionadas. Isso levou à emissão de sua prisão”, explicou.
Operação interestadual
As ações foram realizadas simultaneamente nos municípios de Gurupi, Formoso do Araguaia e Figueirópolis, além dos estados de Goiás, Rio de Janeiro e Pará. Durante a operação, foram apreendidos documentos, celulares, cartões bancários, R$ 750 em espécie, um notebook, um veículo, uma arma de fogo calibre 380, munições calibre 9mm e aproximadamente 6kg de drogas.
Ao todo, oito suspeitos foram presos. Entre eles, um homem foi detido em flagrante ao tentar destruir um celular, e outro foi interceptado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) com drogas, uma pistola e munições, próximo ao estado do Pará.
Na última sexta-feira, 17, outro alvo da operação foi preso no Rio de Janeiro. Um veículo e um celular foram apreendidos com ele para auxiliar nas investigações. Na segunda-feira, 20, a prisão de mais um suspeito foi antecipada após a inteligência da DEIC descobrir que ele havia mudado de endereço.
Impacto e colaboração interestadual
O delegado Afonso Lyra, diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), destacou a importância da integração entre os estados no combate ao crime organizado. “Essas organizações ultrapassam fronteiras, atuam no tráfico de drogas e em crimes como lavagem de dinheiro. Essa colaboração traz resultados positivos e fortalece nossas ações”, ressaltou.
Os presos foram encaminhados para unidades penais: as mulheres para a Unidade Penal Feminina de Talismã, e os homens para a Unidade Penal de Gurupi.
1ª fase da Operação
Na primeira fase, realizada em 3 de julho de 2024, foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e seis pessoas foram presas em flagrante. Mandados também foram executados no Tocantins, Goiás, Santa Catarina, Pará e Maranhão. Além disso, um espaço de eventos supostamente usado para lavagem de dinheiro foi embargado.
A Operação contou com a participação de diversas delegacias e unidades especializadas, além da PRF, mostrando a força da união entre as polícias no combate ao crime organizado.
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