A confirmação de dois casos do sorotipo 3 da dengue em Palmas neste mês de maio levou à intensificação de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e ao reforço no acolhimento de pacientes com sintomas da doença. As Unidades de Saúde da Família (USFs) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão organizadas para oferecer atendimento conforme a gravidade dos sintomas.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (Semus), pessoas com sintomas leves — como dor no corpo, febre baixa, dor de cabeça e manchas avermelhadas na pele — devem procurar uma USF. Já quadros com febre alta persistente, dores abdominais, sangramentos ou dificuldade para respirar requerem atenção imediata nas UPAs.
Classificação de risco e encaminhamento
Nas USFs, todos os pacientes passam por triagem e classificação de risco específica para dengue. A categorização vai do grupo A ao D, conforme os sintomas e a presença de comorbidades ou risco social. Casos mais simples são acompanhados nas USFs, enquanto os grupos com sinais de alerta ou sintomas graves são encaminhados para as UPAs ou hospitais de maior complexidade.
As UPAs funcionam 24 horas por dia e realizam exames como hemograma, testes bioquímicos, sorologias e análises por biologia molecular. Os casos mais graves (grupo D) recebem hidratação venosa e são transferidos pelo SAMU para hospitais de referência.
Diagnóstico e exames
Dois exames estão disponíveis para confirmação da dengue: o RT-PCR (entre o 1º e o 5º dia dos sintomas) e a sorologia (a partir do 6º dia). A coleta é feita tanto nas USFs quanto nas UPAs. Apesar de os resultados poderem demorar alguns dias, o tratamento sintomático é iniciado imediatamente após avaliação médica. A automedicação é desaconselhada, pois pode agravar o quadro clínico.
Medidas de prevenção e controle
Com o surgimento do sorotipo 3, o município colocou em prática um plano de intensificação no combate ao vetor. As ações incluem:
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Reforço nas visitas domiciliares para eliminação de criadouros;
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Aplicação de larvicidas;
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Campanhas educativas nas redes e mídias locais;
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Instalação de ovitrampas (armadilhas para ovos do mosquito);
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Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI-Aedes);
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Solicitação ao governo estadual para uso do carro fumacê.
As ações se concentram em diversas quadras da capital, como 104 Norte, 110 Sul, 206 Sul, 306 Sul e outras, conforme áreas de maior incidência.
Vacinação disponível para faixa etária específica
A vacina contra a dengue está disponível nas salas de vacinação das USFs, destinada a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Segundo especialistas, a imunização reduz o risco de formas graves e futuras epidemias, sendo uma aliada importante no enfrentamento da doença.
Participação da população é fundamental
A Semus reforça que o combate à dengue é responsabilidade coletiva. A população deve eliminar criadouros, manter reservatórios de água limpos e fechados, usar repelentes e comunicar focos à Vigilância em Saúde.
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