A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), concluiu nesta quarta-feira, 20, as investigações criminais referentes ao tiroteio ocorrido no dia último dia 10 de abril, em um quiosque em Augustinópolis e que resultou na morte de um policial militar em ferimentos graves em mais quatro pessoas.
O inquérito foi presidido pelo delegado-chefe da 12ª Delegacia, Jacson Wutke e apontou que um policial penal do Estado do Pará foi o responsável por efetuar os disparos de arma de fogo contra dois policiais militares também do mesmo estado, durante evento festivo que ocorria na região central do Município de Augustinópolis.
De acordo com a autoridade policial Jacson, as evidências colhidas durante o inquérito policial permitiram reconstruir a dinâmica dos fatos. Sendo assim foi possível observar que o Policial Penal foi o responsável por iniciar os disparos da arma de fogo após um atrito insignificante entre um familiar seu e o irmão de um dos policiais militares
No caso, além do Policial Penal, o outro policial militar, apenas e tão-somente após ter sido inicialmente alvejado, teria realizado, pelo menos, três disparos para o alto para dissipar os presentes e dissuadir o atirador. Já o policial militar morto no local, foi alvejado no chão logo após ter alcançado a sua arma de fogo, não chegando a produzir qualquer disparo.
“Pelas provas reunidas durante a investigação, foi possível verificar que o Policial Penal, buscando ceifar a vida dos Policiais Militares teria efetuado, pelo menos, 15 disparos com a sua arma funcional 9mm, sendo que a maioria dos tiros foram realizados a esmo, ou seja, à sua própria sorte, sem que o atirador tivesse uma mira definida do seu alvo.
Em razão dos disparos realizados em meio ao tumulto generalizado, além dos dois policiais militares, outras três vítimas que não possuíam qualquer envolvimento com a contenda foram atingidas no momento em que buscavam se proteger.
No relatório conclusivo das investigações, o delegado Jacson Wutke indiciou o policial penal pela prática de um homicídio consumado duplamente qualificado (motivo fútil e perigo comum) com dolo direto em relação a um dos policiais militares.
Ele também foi indiciado por um homicídio tentado duplamente qualificado (motivo fútil e perigo comum) com dolo direto em relação ao segundo policial militar, além de três homicídios tentados duplamente qualificados (motivo fútil e perigo comum) com dolo eventual em relação às demais vítimas
O Policial Penal, após ter a sua prisão preventiva decretada pelo Juiz da Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis, permanece recolhido na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG) de Araguaína (TO).
O inquérito foi remetido ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para a adoção das medidas legais que se fizerem necessárias.
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