A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (30), três mandados de busca e apreensão em Palmas, no Tocantins, como parte da 9ª fase da Operação Sisamnes, que investiga o vazamento de informações sigilosas sobre operações judiciais em andamento. Um dos alvos da operação foi o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos).
Segundo a investigação, o prefeito teria tido acesso antecipado a informações confidenciais de operações da PF supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), repassando esses dados a terceiros, o que comprometeria a eficácia das ações judiciais.
Durante a manhã, foram realizadas buscas na residência e gabinete do prefeito, além da unidade penal de Palmas. Também foi alvo de mandado o advogado Michelangelo Cervi Corsetti, de Brasília (DF), que atua para Eduardo.
Prefeito nega ter cometido irregularidades
Em nota oficial à imprensa, Eduardo Siqueira Campos afirmou que a busca e apreensão de que foi alvo não têm qualquer relação com sua gestão à frente da Prefeitura de Palmas, nem com seus mandatos anteriores.
Ele afirmou ainda não ser alvo das investigações de vazamentos anteriores e disse que não mantém fontes privilegiadas em tribunais ou em qualquer instância do Judiciário. Os diálogos citados pela imprensa, segundo ele, são conversas informais com Thiago Marcos Barbosa, que o procurou para pedir orientação jurídica e a indicação de um advogado.
“Ter indicado um advogado para Thiago, por si só, não configura qualquer tipo de vazamento de informação privilegiada e nem representa conduta contrária à legislação vigente”, destacou.
Eduardo reiterou que comentou informações que já haviam sido vazadas e estavam circulando no meio político, não sendo, portanto, o autor ou responsável pelos vazamentos. “O prefeito de Palmas coloca-se à disposição para quaisquer esclarecimentos e aguarda que os verdadeiros responsáveis por vazamentos de informações sigilosas, caso tenham ocorrido, sejam devidamente identificados.”
Nota à Imprensa:
Primeiramente, o prefeito Eduardo Siqueira Campos esclarece que a busca e apreensão de que foi alvo, nesta sexta-feira, 30, não tem qualquer relação com atos da sua gestão à frente da Prefeitura de Palmas, tampouco com seus mandatos anteriores.
A Operação Sisamnes investiga o vazamento de informações sigilosas de demais Operações Judiciais, que envolvem terceiros.
Eduardo Siqueira Campos esclarece que não é alvo das investigações que tiveram informações vazadas e que não mantém fontes privilegiadas em tribunais ou em qualquer outra instância do Poder Judiciário.
Os diálogos divulgados pela imprensa são parte de conversas informais com Thiago Marcos Barbosa, que o procurou buscando orientações e a indicação de um advogado para constituir defesa no processo em que responde.
O prefeito Eduardo Siqueira Campos afirma que ter indicado um advogado para Thiago, por si só, não configura qualquer tipo de vazamento de informação privilegiada e nem representa conduta contrária à legislação vigente. Além disso, esclarece ter conversado sobre informações (que supostamente haviam sido vazadas), e que este fato não pode imputar à Eduardo a autoria ou responsabilidade pelo vazamento das mesmas. Depois de vazadas, certas informações ganham o mundo e viram alvo de comentários de todo o meio político.
O Prefeito de Palmas coloca-se à disposição para quaisquer demais esclarecimentos e aguarda que os verdadeiros responsáveis por vazamento de informações sigilosas e tentativas de obstrução de justiça, caso tenham ocorrido, sejam responsavelmente investigados, descobertos e revelados.