Um flutuante colidiu com uma lancha no lago de Palmas e explodiu na manhã desta sexta-feira, 2, no Píer 02 da Praia da Graciosa. Duas pessoas morreram no acidente aquático e aproximadamente 50 pessoas que estavam nas embarcações precisaram de socorro. Algumas em estado muito grave, inclusive com amputações. Essa tragédia poderia ser algo real, mas trata-se de uma simulação do Núcleo de Educação em Urgências (NEU) da Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus).
As “vítimas” eram socorridas como em um acidente real, classificadas por grau de ferimentos e encaminhadas para as Unidades de Pronto Atendimento de Palmas (UPAs), Hospital Geral de Palmas (HGP), hospitais particulares ou, no caso de “óbito”, para o Instituto Médico Legal (IML).
O atendimento inicial dos “pacientes” era realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os que estavam em situação de afogamento ou presos em ferragens eram resgatados pelo Corpo de Bombeiros. As “vítimas” que ficaram com graves ferimentos foram levadas pelo helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) aos hospitais. O trânsito foi controlado pela Polícia Rodoviária Federal, guardas municipais e agentes de trânsito. O controle da cena do acidente era feito pela Polícia Militar.
O treinamento envolveu cerca de 300 pessoas entre socorristas, “vítimas” e operadores que respondem a esse tipo de socorro. Além dos citados, participaram no apoio à simulação a Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins, Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), entre outros.
Integração
O secretário executivo da Semus, Daniel Borini, reforça a importância de integrar todas as áreas envolvidas em um salvamento. “A Saúde não realiza um salvamento sozinha. Precisamos de que todas as forças e equipamentos públicos estejam à disposição para que de fato, caso algo aconteça, consigamos ter atenção necessária e em tempo oportuno de todos os envolvidos em um salvamento como este.”
O enfermeiro socorrista do Samu e integrante do NEU, Mauro Antônio Costa Maués, explica que o simulado é importante para garantir a integração de instituições que atuam, na maioria das vezes, de forma separada. “Esse é o momento de alinhamento das forças de atuação para compreendermos as funções de cada equipe e preparar para o caso de um acontecimento real”, afirma.
Formatura
Entre os participantes do simulado, 75 eram concluintes do curso de atualização ‘Suporte de Vida no Trauma’. Os profissionais, entre enfermeiros, condutores e técnicos em enfermagem, receberam a certificação nesta sexta à tarde, no auditório do Comando Geral da Polícia Militar. Os socorristas fazem parte da regional do Samu de Palmas, que inclui as cidades de Porto Nacional, Paraíso, Lajeado, Novo Acordo e Miranorte.
A solenidade contou com a palestra ‘Suporte de Vida no Trauma: Desafios da Equipe no Suporte Básico de Vida’ da enfermeira Marisa Malvestio, da Força Nacional do SUS. Saiba mais.
Fonte – Semus
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