O Tocantins teve um crescimento de 250% no valor bruto da produção agrícola entre 2018 e 2023, conforme a pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho colocou o estado na terceira posição entre as unidades federativas com maior avanço proporcional no período. Roraima (290%) e Rondônia (269%) lideram o ranking. O Mato Grosso, tradicional potência agrícola, aparece em quarto lugar, com 206% de aumento.
A média nacional de crescimento no setor foi de 137%, com o valor total saltando de R$ 343,5 bilhões para R$ 814,5 bilhões. No Tocantins, a movimentação passou de R$ 4,4 bilhões, em 2018, para R$ 14,8 bilhões, em 2023, praticamente o dobro da média nacional.
A pesquisa do IBGE avalia variáveis como área plantada, área colhida, quantidade produzida, rendimento médio e valor da produção de 64 culturas agrícolas, sendo uma das principais referências para planejamento e análise do setor.
Projeção para 2025 aponta novo recorde na produção de grãos
Segundo o 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Tocantins deverá colher cerca de 8,9 milhões de toneladas de grãos em 2025. O volume representa um aumento de 16% em relação à safra anterior, de 7,69 milhões de toneladas. Com esse desempenho, o estado mantém a posição de maior produtor da Região Norte e o segundo no conjunto das regiões Norte e Nordeste.
Os principais grãos cultivados no estado são soja, milho, arroz, sorgo, feijão e gergelim. A estimativa da Conab para a produção nacional é de uma safra recorde de 330,3 milhões de toneladas.
Fatores que influenciam o crescimento
Autoridades estaduais associam o desempenho a uma combinação de fatores como ampliação da área plantada, maior produtividade, uso de tecnologias e melhora na infraestrutura logística. A utilização de áreas de pastagem com baixa produtividade para cultivos agrícolas tem sido uma estratégia adotada para expandir a produção com menor impacto ambiental.
A Ferrovia Norte-Sul, que corta o estado, é frequentemente citada como um dos elementos que contribuem para o escoamento da produção com menor custo, favorecendo a competitividade do agronegócio local.
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